Uma das formas mais comuns de trauma é o “sofrimento amoroso”, uma situação muito vista nos media, mas que pode trazer um sofrimento mental severo que é, normalmente, maior do que a perda em si.
Quando um relacionamento termina, deixa a pessoa a sentir-se com raiva, sozinho, carente, abandonado, triste e muitas vezes com ciúmes, depressivo e sem alento.
De facto, todos os anos, milhares de pessoas que estão em sofrimento cometem suicídio, devido a um sofrimento amoroso não tratado – com mais homens acabando com as suas vidas do que mulheres.

Eu tenho tratado um grande número de casos de sofrimento amoroso com a TFT e, na maioria dos casos, a sequência de tapping para trauma complexo – ou trauma complexo com raiva e culpa – prova ser eficiente no alívio do trauma em minutos.
Contudo, algumas vezes, a mágoa resultante do final de um relacionamento causa outros sintomas que começam a dominar a vida da pessoa. Recentemente, eu tratei um paciente de 39 anos de idade que tinha um sofrimento emocional severo, desde o término de um longo relacionamento. Conforme os meses se passaram, ele percebeu que sentia falta da sua ex-namorada e que a queria de volta, mas, nessa altura, ela conheceu outra pessoa e deixou claro que não queria retomar a sua antiga relação.
O sofrimento do meu paciente era extremo. Ele também desenvolveu uma obsessão sobre a rapariga, telefonando e enviando mensagens várias vezes durante o dia. Ele tinha dificuldade em dormir e encontrava-se num estado constante de ansiedade. Ele também solicitou ajuda a um psicoterapeuta que o aconselhou a iniciar uma terapia semanal para aliviar os seus sintomas. O seu médico descartou a hipótese de que ele podia ser curado apenas com a terapia e indicou-lhe um antidepressivo, que não ajudou em nada.
Quando eu vi este homem pela primeira vez, na sua primeira consulta, ele estava num estado de extrema agitação. O seu SUD inicial, para sofrimento geral, era “10”, numa escala de “0” a “10”.
Para piorar, o antidepressivo era extremamente tóxico para ele, assim como o chocolate que ele tinha comido antes, naquele mesmo dia, e as ostras que faziam parte da sua dieta diária.
Usando o “tratamento de sete segundos”[1] e o algoritmo para trauma complexo, o seu SUD caiu para “1”.
Entretanto, o nosso trabalho estava longe de terminar. Porque, ele não apenas exibia a mágoa, obsessão e sentimentos de rejeição, mas também apresentou índices altos na escala SUD para raiva, ciúmes, baixa autoestima e carência.
Em cada caso, a TFT diminuiu o seu sofrimento para “1”.
No fim da segunda sessão, o meu paciente disse que se sentia bem melhor e que “não acreditava que podia estar a sentir-se tão bem” depois de meses de tormento.
Ele percebeu que podia parar gradualmente de tomar o antidepressivo – utilizando o “tratamento de sete segundos” para contra-atacar os efeitos tóxicos do medicamento até que estivesse totalmente livre da medicação.
Apenas duas sessões de 45 minutos foram necessárias para a sua cura completa.
Este caso ilustra que alguns casos de sofrimento amoroso podem ser extremamente complexos e como a TFT pode ter sucesso quando outras terapias falharem.
Dr.Colin Barron
Fonte: Dr. Roger Callahan & Joanne Callahan (2011). Tapping the Bodys Energys Pathways.
[1] Pode ler mais sobre a “tratamento de sete segundos” no site www.rogercallahan.com/pathways.
O Dr. Barron é um médico e é, portanto, qualificado para indicar a um paciente para parar com a sua medicação. Você nunca deve parar a sua medicação sem a consulta de um médico, nem sugerir a um cliente (se for terapeuta) que o faça, a menos que seja um médico.





Dr. Colin Barron


