Eu fui um combatente que lutou no Vietnam de 1966 a 1967. Com a idade de 18 anos, eu estava apavorado, como todos os que lá estavam. Deram-me uma arma e enviaram-me para o que eles chamavam de “o inimigo”. Eu não queria matar, mas era para isso que eu tinha sido treinado.
Lembro-me de sangue e confusão por todo o lado, todavia atualmente, não consigo lembrar-me dos colegas da minha unidade. Não me lembro do meu tenente, do meu sargento, nem mesmo dos meus camaradas. Eu fiz o meu trabalho. Eu protegi os meus companheiros o máximo que pude. Eu estava disposto a dar a minha vida, porque o meu governo me pediu. Eu fiz o que me pediram. Mas, hoje, eu penso nas pessoas que matei. Eu nunca me vou me esquecer delas.

Depois de retornar, trabalhei em dezoito empregos diferentes, não compreendia porque não me conseguia dar bem com as pessoas – porque me queria afastar delas, incluindo os meus próprios familiares. Eles não conseguiam entender o que se passava de errado comigo. Eu, da mesma forma, também não entendia o que estava errado comigo. Acordava a meio da madrugada e apenas saía de casa. A minha mulher insistia para que eu não saísse – os meus filhos insistiam para que eu não saísse. Eu não conseguia explicar o porquê. Nunca falei sobre isso.
Depois de todas estas situações comecei um tratamento, em que me receitaram vinte medicamentos para depressão e sono.
Certa vez, ouvi alguém a falar sobre o TSPT e despertou-me interesse. Através de dois conhecidos descobri que os melhores programas de TSPT do país eram no Palo Alto, Havaí, Novo México, Wyoming, Wisconsin. Comprei um bilhete só de ida para o Havaí, porque não me vinha embora até que conseguisse a ajuda que precisava. Resolvi tentar. Explicaram-me que a técnica nos fazia focar na memória e ensinava a tratar as fobias e a ansiedade.
Tive um filho no Iraque na quinta missão dele. Isso stressou-me. Tive um filho na Índia. Isso stressou-me. Tive que me manter a par dos eventos correntes para o caso de acontecer alguma coisa com os meus filhos. Eu via os eventos na TV.
Mas o tratamento que recebi – sem medicação – fez uma grande diferença e mudou a minha vida.
Eu não preciso de todos os medicamentos que estava a tomar. Estou aqui para testemunhar isso. Vou mandar uma cópia da minha avaliação da TFT para a Administração dos Veteranos, para todos os 535 membros do Congresso, para a Casa Branca e vou esperar para ver o que eles fazem. Essa é a minha história.
Charles G.Hayward, Sr. - combatente veterano no Vietnam
Fonte: Dr. Roger Callahan & Joanne Callahan (2011). Tapping the Bodys Energys Pathways.





Dr. Colin Barron


