Quando a “Bonnie” veio até mim com um dente partido que precisava ser arranjado, eu não tinha percebido o quão nervosa e tensa ela estava até ao momento de eu administrar a anestesia. Tinha medo de agulhas, disse-me ela, e eu imediatamente disse-lhe que podia ajudá-la a superar o medo usando a sequência de TFT para fobia.
Conforme comecei a levantar a cadeira para aplicar a sequência de TFT ela, cheia de medo, pediu-me para parar. Ela estava paralisada pelo medo de altura, por eu ter levantado a cadeira. Interessantemente, a cadeira em que ela estava sentada estava apenas 1m acima do chão. Menos que a altura a que está a sua cabeça, caso estivesse de pé.
Eu decidi trabalhar no seu medo de altura primeiro, já que parecia ser a principal causa de stress. Também, sabia que íamos ter um feedback simplesmente levantando e descendo a cadeira.
No meu consultório, usualmente aplico eu o tapping no meu paciente enquanto ele pensa no seu medo. Eu acho que é mais rápido e menos confuso do que pedir ao paciente para aplicar em si mesmo.
Antes do tratamento, eu demonstro sempre os pontos de tapping que utilizarei e então o paciente sabe o que esperar.
Enquanto eu aplicava o tapping na Bonnie – ao primeiro toque leve no “ponto gama” – ela olhou para mim surpreendida e disse, “O que você fez? Eu sinto-me mais relaxada”. Eu pensei comigo mesmo, “UAU”, se apenas tocar neste ponto teve um efeito rápido, as fobias da Bonnie vão ser fáceis de tratar.
Pedi-lhe para pensar no medo de altura, que ela avaliou em “9”, na escala SUD (Unidades Subjetivas de Sofrimento). Depois de alguns minutos aplicando o tapping, o SUD caiu para “6”. Enquanto o medo de alturas ainda continuava presente, Bonnie continuava a dizer o quão relaxada estava. Após mais alguns minutos de tapping, reduzimos o seu SUD para “3”.
“Eu sinto-me muito calma”, disse ela.
Naquele momento, eu já podia levantar a cadeira até ao ponto mais alto, quase 1,5m acima do chão. A Bonnie ainda se sentia com um pouco de medo, mas já não se assemelhava em nada com o medo que ela sentia no início.
Estivemos cerca de 20 minutos a fazer esses procedimentos, depois decidimos continuar com o trabalho nos dentes. Trabalhando, agora, com a paciente muito mais relaxada, percebi porque ela tinha ficado tão tensa nas consultas anteriores.
Era, agora, mais fácil tratá-la. Ela já não demonstrava sofrimento quando eu estava a trabalhar nos seus dentes. Quando nós acabamos, ela comentou que se sentia bem e que era surpreendente o que aconteceu numa consulta ao dentista.
Eu pedi-lhe para usar a escada quando fosse para casa, já que ela tinha mencionado que só conseguia subir até ao segundo degrau. Dois dias depois, telefonei-lhe. Ela tinha subido a escada sem medo.
Além disso, também tinha conseguido parar de tomar um medicamento para os seus problemas gástricos, depois da sessão de TFT.
Passadas duas semanas, alimentos ácidos, como café, molho de tomate e outros, não fizeram voltar os seus problemas de estômago.
Ela contou-me, ainda, estar a sentir-se mais calma também, e que –mentalmente- estava pronta para deixar o seu trabalho no escritório.
Mas, mais que isso, toda a vez que se sentia nervosa, Bonnie usava a sequência de TFT para a ansiedade, sentindo alívio instantâneo.
Michael Sills, DDS
Fonte: Dr. Roger Callahan & Joanne Callahan (2011). Tapping the Bodys Energys Pathways.
Dr. Colin Barron
